Valdevan Noventa é alvo de operação contra diretores de sindicato suspeitos de lavagem de dinheiro em São Paulo e Sergipe

 Nesta sexta-feira (12), a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação contra diretores do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas). Um dos alvos é o presidente licenciado da categoria e ex-deputado federal Valdevan Noventa, que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico nas eleições de 2018.

 A organização criminosa é investigada pelos crimes de ameaça, extorsão, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, ocultação de bens e capitais na representação sindical dos motoristas e cobradores do transporte coletivo rodoviário da cidade.

  As vítimas seriam trabalhadores sindicalizados e, indiretamente, da própria sociedade paulistana, já que transporte de passageiros em ônibus na capital paulista é subsidiado pelo poder público municipal.

 Ao todo, estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Taboão da Serra, assim como em um haras com cavalos no município de Arauá, em Sergipe.

 Mais de 50 policiais e 20 viaturas participam da operação realizada pela 1ª Delegacia Seccional Centro, que foi denominada Chapelier.

Valdevan Noventa

 O deputado federal cassado Valdevan Noventa (PL) é presidente licenciado do SindiMotoristas em São Paulo. O mandado do parlamentar foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE) em maio de 2020, sendo condenado pelo recebimento e gasto ilícito de recursos para a campanha eleitoral, mediante depósitos considerados ilícitos de origem não identificadas.

 Segundo as investigações, as doações de pessoas físicas e de fontes vedada totalizaram a quantia de R$86 mil, que não foram declarados oficialmente, comprometendo a igualdade entre os candidatos.

 Em março de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a decisão por unanimidade. O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a anular a cassação dele, alegando que a defesa teria sido impedida de apresentar recurso contra a decisão do TSE.

 Por sua vez, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por maioria derrubar a decisão individual do ministro Nunes Marques e manteve a cassação. Assim, foi derrubada a decisão liminar do ministro Nunes Marques que havia devolvido o mandato ao deputado. Márcio Macêdo (PT-SE) deve retornar ao cargo.

 

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