Magistério de Sergipe apresenta indicadores positivos e atinge meta Nacional

 Um estudo publicado pelo Instituto Nacional de Estudos Pesquisas e Educacionais Anísio Teixeira (INEP) aponta que Sergipe elevou o rendimento médio dos professores de nível superior aos demais profissionais com escolaridade equivalente, além de ser o Estado que mais apresenta professores com formação superior adequada à área que lecionam

 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) publicou nesta semana o quarto relatório de monitoramento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O estudo aponta que Sergipe é o Estado brasileiro onde ocorreu uma elevação real na remuneração dos profissionais do magistério, superando a meta 17 do PNE, que indica equilibrar a remuneração dos profissionais do magistério com os demais profissionais de nível superior.

 Os dados também analisam que Sergipe atingiu patamares mais elevados do que a média do Brasil e da região Nordeste em termos de formação em nível superior adequada à área de atuação dos seus professores. De forma semelhante, a proporção de docentes com cursos de pós-graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu é maior que a observada no Brasil e na região Nordeste.

 “Trata-se de um conjunto de indicadores no qual o desempenho de Sergipe é relativamente muito positivo, chegando a atingir a meta do PNE. Refere-se aos indicadores de valorização docente”, destaca o secretário Josué Modesto dos Passos Subrinho.

 Enquanto que o Brasil tem 58,5% dos professores com formação superior adequada à área que lecionam, o Nordeste pontua 42,8% e Sergipe atinge 63,1% do quadro do Magistério dos anos finais do Ensino Fundamental. Os dados se referem a 2021. Nesse mesmo ano, o percentual do Brasil no quadro do Magistério do Ensino Médio é de 66,6% dos professores com formação superior adequada à que lecionam, enquanto que o Nordeste figura com 54,2% dos professores e Sergipe 78,1% do quadro nesta modalidade de ensino. O estudo também faz um comparativo de crescimento entre 2013 a 2021.

 De forma semelhante, o percentual dos professores da educação básica com títulos de pós-graduação, em Sergipe, permanece acima do correspondente na região Nordeste e no Brasil como um todo, reforçando a superioridade relativa da formação dos professores e professoras sergipanos.

 “Os esforços que foram feitos tanto pelo Estado quanto pelos municípios para a qualificação docente e por iniciativas pessoais tiveram efeito com a formação de um contingente significativo de pessoas qualificadas que atuam na educação. Este é um importante trunfo da sociedade e da educação sergipana”, afirma Passos Subrinho.

Remuneração e valorização

 O PNE fixou uma meta específica para a valorização do docente, a Meta 17, que destaca: “Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas da educação básica, de forma a equiparar seus rendimentos médios ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente até o final do sexto ano de vigência deste PNE”.

 Sergipe não somente atingiu a meta 17 do PNE como também parte de um nível consideravelmente superior à remuneração média dos profissionais do magistério vigentes no Brasil e na região Nordeste.  Em 2021, o rendimento bruto médio mensal dos profissionais do magistério das redes públicas da educação básica no Brasil era de R$ 4.271,03, enquanto que os profissionais de nível superior recebiam em média R$ 5.175,31. Se comparada à média Nordeste, o Magistério recebia no mesmo ano R$ 4.130,71 e os profissionais de nível superior R$ 4.380,89. O INEP apontou que em Sergipe o Magistério recebe bem acima das duas médias quando apresenta um rendimento de R$ 6.697,65, comparado aos demais profissionais com nível superior completo, que recebem rendimentos de R$5.761,75.

 Segundo o secretário Josué Modesto, a educação pública sergipana tem um importante fator para obter uma educação de qualidade. “Há muito se estabeleceu que um dos mais importantes fatores para a estruturação de sistemas educacionais capazes de gerar educação de qualidade é ter um corpo docente qualificado e bem remunerado. Quanto à qualificação, evidentemente sempre é possível haver incrementos. Mas Sergipe já atingiu patamares mais elevados do que a média do Brasil e da região Nordeste em termos de formação em nível superior adequada à área de atuação dos seus professore (a)s. De forma semelhante, a proporção de docentes com cursos de pós-graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu é maior que a observada no Brasil e na região Nordeste. Quanto à remuneração dos profissionais do magistério, há generalizadas expectativas de elevação. O fato é que não obstante a legitimidade das aspirações, Sergipe e seus municípios que não se encontram entre os entes da Federação com maior disponibilidade de recursos já remuneram melhor os seus profissionais e já superaram a meta do Plano Nacional de Educação de nivelar esta remuneração com a média dos demais profissionais de nível superior. Há muitas outras metas do PNE que precisam ser atingidas”, analisa o secretário Josué Modesto.

Fonte: Seduc

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