POLICIAIS COBRAM ADICIONAL DE PERICULOSIDADE AO GOVERNO DE SERGIPE

 Cem cruzes espalhadas pela Praça Fausto Cardoso, no Centro de Aracaju, representaram na manhã desta terça-feira (20) os policiais civis e militares sergipanos que morreram em razão da profissão ou vítimas de covid-19. O ato foi realizado pelo Movimento Polícia Unida que, além de homenagear os profissionais falecidos, cobra do Governo de Sergipe o adicional de 40% de periculosidade. 

 O Movimento Polícia Unida é integrado por nove entidades que representam os trabalhadores das forças de segurança pública de Sergipe. De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia  (Adepol), Isaac Cangussu, um levantamento feito em pouco tempo catalogou mais de 100 policiais mortos em decorrência da violência ou da covid-19 no estado, o que dimensiona o quanto a profissão é arriscada. 

 “O policial hoje corre riscos seja em serviço, combatendo a criminalidade, seja em razão da pandemia por não ter direito a home office, ou mesmo na sua folga, na sua aposentadoria, ao ser reconhecido como policial”, pontua Isaac. 

  É por isso que a categoria está na luta pela inclusão do adicional de periculosidade que, segundo o presidente da Adepol, é um direito constitucional. “O que há hoje por parte do governo do Estado é um débito com a Constituição Federal, e ele tem que cumprir esse débito mandando um projeto de lei para a Assembleia Legislativa. O próprio governador criou uma expectativa de que a Secretaria de Administração nos chamaria para dar início a uma negociação e estamos aguardando, mas, até o momento, não aconteceu”, ressalta Cangussu.

 A categoria está disposta a negociar, conforme afirma o presidente do movimento Unidas, Will Guerreiro. Apesar de a minuta do Projeto de Lei pedir o índice de 40% de adicional, os policiais se dizem abertos ao diálogo e à negociação. 

 “Estamos completamente flexíveis para negociar e aguardamos apenas sermos chamados pelo governador para darmos início ao diálogo. Não somos um movimento que coloca a faca no pescoço, queremos conversar e negociar, mas continuamos firmes diante dessa meta nossa, e a gente espera a sensibilidade do governo do Estado em nos dar esse direito”, afirmou Guerreiro.

 

 

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