Dois policiais envolvidos na morte de Genivaldo são denunciados por tortura

 O Ministério Público Federal (MPF) de Sergipe denunciou três policiais rodoviários federais pelo crime de tortura, sendo que dois deles também estão envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, no município de Umbaúba, no sul de Sergipe. A denúncia, protocolada na 7ª Vara Federal de Sergipe, refere-se a uma ocorrência registrada dois dias antes da morte do sergipano, em 23 de maio deste ano.

 Os policiais foram identificados como Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. Segundo a denúncia, eles teriam submetido dois jovens “a intenso sofrimento físico e mental, mediante pisões, chutes, tapas e ameaças, como castigo pessoal por não terem obedecido à ordem de parada e empreendido fuga ao avistarem a viatura policial”.

 As agressões foram confirmadas por laudos periciais do Instituto Médico Legal. Durante a investigação, cinco testemunhas também confirmaram que os jovens, mesmo sem esboçar qualquer tipo de reação, foram agredidos pelos policiais.

 A pena é de reclusão de 2 a 8 anos. Segundo a lei, a pena deve ser aumentada de um sexto até um terço quando o crime é cometido por agente público ou contra adolescente. A condenação acarretará a perda do cargo público.

Caso Genivaldo

 Dois dias depois, na mesma cidade, também durante abordagem de policiais rodoviários federais, Genivaldo morreu após ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo. Durante a investigação, descobriu-se que os policiais William Noia e Paulo Nascimento também participaram dessa abordagem. 

 A defesa dos policiais não foi localizada até a publicação desta notícia. O espaço segue à disposição. 

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