QUASE 3 ANOS APÓS ASSASSINATO DO ATOR RAFAEL MIGUEL, PAULO CUPERTINO É PRESO

 Quase 3 anos depois da morte do ator Rafael Miguel e dos pais dele, o réu Paulo Cupertino Matias foi preso nesta segunda-feira (16), em São Paulo. O crime ocorreu em 9 de junho de 2019.

 Policiais da 6ª. Seccional fizeram a prisão e encaminharam o preso para o 98º Distrito Policial, no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo. Cupertino foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde fez o exame de corpo de delito e depois foi para a Divisão de Capturas, no prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro da capital paulista. Ele ficará à disposição da Justiça.

 Ao chegar ao prédio do DHPP, Cupertino negou os crimes. “Eu sou inocente. Não matei ninguém”.

 Segundo o delegado da 6ª seccional, a equipe de policiais recebeu uma informação de que Cupertino estaria na capital paulista, foram checar e encontraram o procurado.

 Incluído na Difusão Vermelha da Interpol, Cupertino era o primeiro nome da lista dos criminosos mais perigosos e procurados de São Paulo.

 De acordo com o Ministério Público (MP), o empresário assassinou a família porque não aceitava o namoro de Isabela Tibcherani, a sua filha de 18 anos à época, com o artista. Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram o momento em que ele atira 13 vezes em Rafael, que tinha 22 anos, e nos pais do ator: João Alcisio Miguel, de 52, e a mãe Miriam Selma Miguel, 50.

 Cupertino é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Ele, que atualmente tem 50 anos, nunca constituiu um advogado para defendê-lo. Além do empresário, dois amigos dele são réus no mesmo caso por terem ajudado o assassino a fugir (leia mais abaixo).

 O assassinato foi cometido na frente da casa onde Isabela morava com a mãe, no bairro da Pedreira, Zona Sul da capital paulista. As duas não foram baleadas por Cupertino e sobreviveram. O empresário fugiu.

Listas de procurados

 O nome, dados e fotos de Cupertino não apareciam publicamente na lista de criminosos mais procurados pela Interpol, também conhecida como Organização Internacional de Polícia Criminal. Ela tem a função de buscar mecanismos de cooperação entre as polícias no mundo para prender acusados de crimes que possam ter fugido para outros países.

 Apesar disso, segundo fontes do g1, o empresário estava incluído na Difusão Vermelha do órgão. Em outras palavras, havia um mandado de prisão contra ele para ser cumprido em qualquer outro país.

 Já no site da Polícia Civil paulista, Cupertino aparecia como o primeiro nome da página onde estão os 17 criminosos mais procurados pelas forças de segurança do estado. Não havia pagamento em dinheiro como recompensa para quem tivesse informações sobre o paradeiro de Cupertino.

 

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